terça-feira, 8 de setembro de 2009

Nas tuas margens...

Hoje estive, literalmente, nas tuas margens... Eu, as palavras escritas num livro e os acordes da música que ouvia... Olhei em volta e vi as pessoas que por ali andavam, as crianças brincavam no parque, os idosos gastavam por ali as horas a conversar de banalidades e uma jovam mulher almoçava num banco deste jardim que beija as tuas águas. De vez em quando, quando levantava os olhos do livro, via passar um ou outro homem com olhar vazio, distante, como se andassem só por ali sem chegar a lugar nenhum. O silêncio era cortado de vez em quando pela gargalhada de umas adolescentes que aproveitavam a sua liberdade momentânea. Aquele jardim, na tua margem, já foi cenário de tantas cenas diferentes do teatro da vida... jovens que procuram descobrir o que é isso que chamam de amor, crianças que correm e brincam... idosos que choram a solidão, desesperados que procuram, na morte, respostas às suas inquietações e se atiram de braços abertos para as tuas águas. Ali, até eu já chorei... tinha 16/17 anos e um dos meus sonhos tinha acabado de ser destruído. Jardim e rio, diferentes faces de uma mesma moeda, testemunhas silenciosas da vida de tantos e tantas...

Sem comentários:

Enviar um comentário